SAÚDE


O Que é Uma Boa Higiene Bucal?

Hálito puro e sorriso saudável são o resultado de uma boa higiene bucal. Isso significa que, com uma higiene bucal adequada:
  • Seus dentes ficam limpos e livres de resíduos alimentares;
  • A gengiva não sangra nem dói durante a escovação
    e o uso do fio dental;
  • O mau hálito deixa de ser um problema permanente.
Consulte o seu dentista caso as suas gengivas doam ou sangrem quando você escova os dentes ou usa fio dental, e principalmente se estiver experimentando um problema de mau hálito. Essas manifestações podem ser a indicação da existência de um problema mais grave. Seu dentista pode ensiná-lo a usar técnicas corretas de higiene bucal e indicar as áreas que exigem atenção extra durante a escovação e o uso do fio dental.
 
Como garantir uma boa higiene bucal?

Uma boa higiene bucal é uma das medidas mais importantes que você pode adotar para manter de seus dentes e gengivas em ordem. Dentes saudáveis não só contribuem para que você tenha uma boa aparência, mas são também importantes para que você possa falar bem e mastigar corretamente os alimentos. Manter uma boca saudável é importante para o bem-estar geral das pessoas. Os cuidados diários preventivos, tais como uma boa escovação e o uso correto do fio dental, ajudam a evitar que os problemas dentários se tornem mais graves. Devemos ter em mente que a prevenção é a maneira mais econômica, menos dolorida e menos preocupante de se cuidar da saúde bucal e que ao se fazer prevenção estamos evitando o tratamento de problemas que se tornariam graves. Existem algumas medidas muito simples que cada um de nós pode tomar para diminuir significativamente o risco do desenvolvimento de cáries, gengivite e outros problemas bucais.
  • Escovar bem os dentes e usar o fio dental diariamente.
  • Ingerir alimentos balanceados e evitar comer entre as principais refeições.
  • Usar produtos de higiene bucal, inclusive creme dental, que contenham flúor.
  • Usar enxagüante bucal com flúor, se seu dentista recomendar.
  • Garantir que as crianças abaixo de 12 anos tomem água potável fluoretada ou suplementos de flúor, se habitarem regiões onde não haja flúor na água.

Alcoolismo

O alcoolismo é uma doença, um vício, devendo ser tratado como tal. Acredita-se que seja causado principalmente por predisposição genética, segundo achados mais recentes, e em menor parte pelo ambiente (mas as pesquisas e opiniões divergem muito sobre essa questão), não podendo ser considerado de modo algum falha de caráter. Para definir uma pessoa como alcoólatra é mais significativo analisar o impacto do álcool na sua vida e se já tentou parar e não conseguiu.

Temos dois questionários mais utilizados para identificar pessoas com abuso de álcool. O primeiro, chamado de CAGE, é mais simples e foi criado por Mayfield e colaboradores, sendo um bom método para identificar pessoas que precisam de ajuda.

Responda:
 Você já sentiu necessidade de parar de beber ?
Você já se sentiu chateado por pessoas que criticam seu hábito de beber ?
Você já se sentiu culpado por beber ?
Você já bebeu álcool de manhã para acordar ?
Duas respostas SIM indicam abuso de álcool; apenas um SIM pode ser sinal de abuso.

O Teste de Identificação de Distúrbio de Uso do Álcool (AUDIT), criado por Piccinelli e colaboradores, é atualmente o melhor método para a identificação e estratificação do alcoolismo.

Responda as questões:

1 Com qual freqüência você utiliza bebidas com álcool ?
(0) nunca (1) mensalmente ou menos (2) 2-4 vezes ao mês (3) 2-3 vezes por semana (4) 4 ou mais vezes por semana

2 Quantas bebidas alcoólicas você costuma tomar nesses dias ?
(0) 1 ou 2 (1) 3 ou 4 (2) 5 ou 6 (3) 7 a 9 (4) 10 ou mais

3 Com que freqüência toma mais que 6 drinks em uma única ocasião ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
4 Com que freqüência no último ano você se sentiu incapaz de parar de beber depois que começou ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária

5 Com que freqüência no último ano você não conseguiu fazer algo pela bebida ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária

6 Com que freqüência no último ano você precisou beber de manhã para se recuperar de uma bebedeira ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária

7 Com que freqüência no último ano você sentiu remorso após beber ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária

8 Com que freqüência no último ano você não conseguiu se lembrar o que aconteceu na noite anterior pela bebida ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária

9 Você já se machucou ou machucou alguém como resultado do seu uso de álcool ?
(0) não (2) sim, mas não no último ano (4) sim, no último ano
10 Algum parente ou amigo ou médico ou outro profissional de saúde se preocupou com seu hábito ou sugeriu que parasse ?
(0) não (2) sim, mas não no último ano (4) sim, no último ano
Some os números em parênteses. Um valor maior que 8 indica problemas com bebida.

TRATAMENTO

Há, atualmente, várias formas eficazes de se tratar o alcoolismo. O método mais simples, para casos mais leves, é a realização de consultas periódicas com uma equipe multidisciplinar experiente (incluindo psiquiatra ou psicólogo) com o apoio da família, onde são discutidas as dificuldades de abandonar o vício e encorajados os esforços. Estudos mostram que este é um método eficaz em reduzir o uso do álcool, dependendo diretamente da freqüência das consultas.
Outro método muito eficaz são os grupos de auto-ajuda, particularmente os alcoólicos anônimos. Esses são baseados em variações do programa de 12 passos, além de reuniões freqüentes. Os resultados dos AA são difíceis de avaliar, mas aproximadamente um terço permanece sóbrio de 1 a 5 anos, e um terço por mais que 5 anos. Outro conceito diferente de grupo de apoio é o de "Consumo Controlado", onde recomenda-se o uso em doses adequadas da bebida. A principal diferença é que no primeiro o alcoólatra tem que reconhecer que é incapaz de controlar a própria vida, no segundo afirma-se que o alcoólatra deve retomar esse controle.
Casos mais sérios devem ser acompanhados por psiquiatra para tratamento psicoterápico e medicamentoso. Muitos alcoólatras apresentam distúrbios psiquiátricos que necessitam de tratamento, e outros sofrem de sintomas de abstinência quando param de beber, conseqüência da dependência física do álcool. Geralmente, não é necessária internação para desintoxicação, pois a eficácia não é maior. No entanto, certos casos devem obrigatoriamente ser internados.
Devem ser internados para desintoxicação:
Aqueles que sofrem sintomas de abstinência moderados a severos;
Aqueles com delirium tremens;
Aqueles que são incapazes de seguir acompanhamento diário;
Aqueles que possuem outra doença física ou psiquiátrica que necessita de internação;
Aqueles incapazes de tomar medicação por via oral;
Aqueles que já tentaram tratamento fora do hospital, sem sucesso.
O tratamento medicamentoso também pode ser útil em associação com a psicoterapia (particularmente a comportamental combinada intensiva). Antes, poucos profissionais utilizavam drogas como o dissulfiram que, misturadas ao álcool (sem o conhecimento do doente) causavam reações severas, com sensação de morte iminente, achando que isso auxiliaria o tratamento. Os resultados são desastrosos, pois a reação pode ser realmente fatal.
A medicação mais utilizada no momento para o tratamento do alcoolismo é a naltrexona (revia®), cujo mecanismo de ação não está bem esclarecido, mas reduz a necessidade de voltar a beber. Recentemente (2006), foi aprovada nos EUA uma apresentação injetável da naltrexona, que seria aplicada apenas mensalmente e com isso poderia aumentar a sua eficácia. O acamprosato é uma medicação mais recente, ainda não lançada no Brasil, mas aparentemente não tem melhor eficácia nem segurança que a naltrexona.