terça-feira, 30 de março de 2010

Paraíba terá cerca de R$ 2 bilhões do PAC II para as obras estruturantes


Maranhão diz que Paraíba está bem contemplada no tocante a infraestrutura e desenvolvimento sustentável
O governador José Maranhão participou na manhã desta segunda-feira (29) do lançamento da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília (DF), quando a Paraíba foi contemplada com aproximadamente 2 bilhões de reais.
Para o governador José Maranhão, o PAC 2 é a continuidade de um projeto de êxito em que a Paraíba estará bem contemplada no que se refere à realização de grandes investimentos em infraestrutura e desenvolvimento sustentável. “O PAC 2 corrige as distorções marcadas pela ausência de propostas para o PAC 1. A administração anterior não tomou iniciativa e a Paraíba não teve grande presença na primeira etapa do programa. Trabalhamos e agora sim, vimos o resultado com os investimentos que o nosso Estado terá agora no PAC 2”, ressaltou.
Prefeitos, parlamentares, representantes do setor empresarial e dos movimentos sociais também assistiram ao anúncio dos projetos do PAC 2, que tem uma previsão de R$ 958 bilhões de reais em investimentos, entre os anos de 2011 e 2014.
Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Ciência e Tecnologia, Francisco Sarmento, gestor do PAC na Paraíba e que esteve no evento junto com o governador, foram anunciados projetos estruturantes de grande porte para os Estados.
Benefícios – A Paraíba foi contemplada com recursos para projetos importantes, como o Canal de Integração do Brejo, que vai ligar as barragens de Acauã e Araçagi, proporcionando abastecimento d’água para 500 mil pessoas, e a Barragem de Manguape, na bacia do rio Mamanguape, uma importante fonte hídrica para a adutora de mesmo nome, a qual servirá a cerca de 15 municípios do Brejo paraibano. Ambas com recursos do Ministério da Integração Nacional.
“Teremos ainda sete sistemas adutores, seis dos quais já aprovados pelo Ministério da Integração Nacional, e o sétimo, a Adutora São José, aprovada no Ministério das Cidades, com recursos na ordem de 280 milhões de reais”, disse Sarmento.
O secretário avalia de forma bastante satisfatória a inserção da Paraíba no PAC II. “Em particular, o Setor de Águas foi muito bem aquinhoado nessa fase inicial, com cerca de 1 bilhão de reais”, afirmou Sarmento. O PAC II de Recursos Hídricos, em nível nacional, totalizou 12,1 bilhões de reais. A Paraíba, com uma área territorial equivalente a 3,6% do Brasil, apresentou projetos e conseguiu a inserção de 8,3% do total nacional, podendo essa percentagem chegar a 10%, conforme Sarmento.
Desenvolvimento – Ainda segundo o secretário, somente dois Estados nordestinos conseguiram emplacar projetos de integração de bacias hidrográficas, a Paraíba e o Ceará. “O Canal da Integração do Brejo significa a abertura de uma nova frente de desenvolvimento do Estado, pois potencializa vocações locais em mais de 50 municípios do Estado, além de capilarizar as águas do São Francisco a partir da barragem de Acauã, assegurando água para abastecimento de mais de meio milhão de pessoas”, comemorou o secretário.



Além de propiciar o abastecimento humano e animal, o canal possibilitará a irrigação de 15 mil hectares. Conforme o secretário, o Canal da Integração facilitará a captação de ainda mais recursos para o que denominou ‘projetos integráveis’, ou seja, projetos que até então encontravam na indisponibilidade de infraestrutura um fator limitante. “A aquicultura, a criação de camarões, a irrigação e a agroindústria serão os motores decorrentes da implantação do canal”.



Extensão – O Canal da Integração do Brejo terá 112 quilômetros de comprimento e cruzará a Paraíba de sul para norte, desde a barragem de Acauã até a bacia do rio Comandatuba, passando pela barragem de Araçagi, na bacia do rio Mamanguape. “Em seu trajeto, o canal atravessará vales e serras com obras de arte de engenharia como barragens, pontes-canal e túneis”. A transposição dos vales mais profundos será feita mediante a construção de 6 grandes barragens cujo detalhamento de projeto já foi também incluído no PAC II, através do Ministério da Integração Nacional. Em termos comparativos o canal terá quase 4 vezes o comprimento do Canal da Redenção, que liga o Sistema Coremas ao projeto Várzeas de Sousa, e mais de duas vezes sua capacidade de condução de água.



No setor de estradas, a duplicação da BR-104, que liga a fronteira de Pernambuco a Campina Grande, seguindo até o município de Remígio, deve ser contemplada com 160 milhões de reais. A obra total tem o valor de 600 milhões. O contorno rodoviário de Campina Grande e também tem seu projeto inserido no PAC II.

quarta-feira, 24 de março de 2010

IDEME DE CURRAL VELHO -PB É UM DOS PIORES DA PARAIBA


O Ideme divulgou que mais da metade de toda riqueza produzida na Paraíba fica concentrada em 10 municípios, que juntos geraram R$ 14,5 bilhões no ano de 2007, o que representa 65,3% do Produto Interno Bruto da Paraíba. Os números foram divulgados na manhã de quarta-feira (16) pelo superintendente do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual (Ideme), Achilles Leal Filho.

O levantamento foi realizado em parceria com o IBGE.João Pessoa é o município que mais somou riquezas na Paraíba em 2007. A Capital paraibana registrou um PIB de R$ 6,7 bilhões naquele ano. Isso representa 30,45% de tudo que foi gerado nos setores da indústria, serviços e agropecuária no Estado.

Campina Grande ocupa o segundo lugar no ranking do PIB dos municípios por produzir R$ 3 bilhões em riquezas e contribuir com 13,95% do índice na Paraíba, que chegou a R$ 22,2 bilhões em 2007. Completam a lista dos 10 maiores PIB municipais na Paraíba: Cabedelo (R$ 1,6 bilhões), Santa Rita (R$ 832 milhões), Bayeux (R$ 498,8 milhões), Patos (R$ 461 milhões), Cajazeiras (R$ 369,5 milhões), Sousa (R$ 333 milhões), Guarabira (R$ 300,2 milhões) e Caaporã (R$ 248,7 milhões).

Concentração cresce – Segundo o analista sócio-econômico do IBGE, Jorge Souza Alves, a concentração de riquezas na Paraíba vem aumentando ao longo dos anos. Em 2003, por exemplo, os municípios de João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux possuíam 56,3% do PIB paraibano. Naquele ano, o índice chegou a R$ 14,1 bilhões.

Em 2007, esses mesmos municípios levaram uma fatia maior, com 57,9% da riqueza produzida.Menor PIB – Os menores Produtos Internos Brutos municipais na Paraíba estão em cidades do Sertão. O município de Areia de Baraúnas registrou o pior PIB municipal, em 2007.


A cidade sertaneja produziu uma riqueza de R$ 5,5 milhões. Os setores de serviços e comércio contribuíram com R$ 4,5 milhões na economia local, o que corresponde a 82,3% das riquezas daquela localidade. O segundo menor PIB municipal está em Quixabá.

A economia desse município produziu R$ 6,6 milhões em 2007. Parari, localizado na região do Cariri paraibano, ficou com o terceiro menor índice, gerando R$ 7 milhões em riquezas.Os 10 menores PIBs na Paraíba, em 2007, são: Areia de Baraúnas (5,5 milhões), Quixabá (6,6 milhões), Parari (7 milhões), Coxixola (7,1 milhões), Santarém (7, 2 milhões), São José do Brejo do Cruz (7,2 milhões), Zabelê (7,4 milhões), Riacho de Santo Antônio (7,5 milhões), Curral Velho (7,7 milhões) e São Domingos do Cariri (7,9 milhões).